sexta-feira, 8 de julho de 2011

Rita Lee abre Paulínia Fest


Eu sempre quis ser uma estrela de cinema, vocês sabem…”, apostava Rita Lee pouco depois de subir ao palco na primeira noite do Paulínia Fest, no início da madrugada desta sexta-feira (8). Continuou: “… sou uma canastrona”. O contexto era adequado, afinal, ela abria uma programação que acontece paralelamente à quarta edição do festival de cinema da cidade: na plateia, parte dos presentes havia migrado das poltronas do Theatro Municipal para ouvi-la.




No cinema é difícil dizer, mas com o microfone o adjetivo mais adequado para cantora não seria canastrona. Suas performances e divagações fazem borbulhar comentários como “olha que figura” nos arredores; ou semelhantes. Nenhuma novidade, apenas seguindo o exotismo de praxe que se espera de uma apresentação de Rita Lee: marca que continua agradando quem a assiste.




Com atraso de uma hora, iniciando aproximadamente 00h30, Rita Lee foi à década de 1970 e escolheu “Agora só falta você” para abrir a setlist. Não foi necessário muito tempo para notar que as projeções visuais seriam um ponto importante durante toda à apresentação – como foi -, com imagens que iam do singelo ao psicodélico entre as músicas.




Quem esperava músicas como “Desculpe o auê”, “Doce Vampiro”, “Lança Perfume”, “Ando Meio Desligado” “Hard Day’s Night” (cover dos Beatles) e “Flagra”, pôde cantar. Mas o destaque ficou com “Ovelha Negra”, que ganhou uma versão estendida, de aproximadamente dez minutos, que Rita Lee aproveitou para tentar fazer um resumo da condição de ovelha negra na sua família, sempre acompanhada pelo instrumental da música.




Ao completar uma hora de show, despediu-se do público. Na volta, após os pedidos de bis, cantou mais três músicas, fechando o show com “Erva Venenosa”. A cantora, que não lança um disco de inéditas desde 2003, trabalha em um novo álbum, que se chamará “Macumbinha” ou “Zzyzx”; ainda a decidir.

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